DELÍRIOS...
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Nas margens d’uma aurora encantada
Olhei teus pés tão nus, tão alvos, finos;
Na borda d’uma nuvem iluminada,
Olhei o teu olhar tão cristalino!...
Nas rasas correntezas d’alvorada,
Senti os teus perfumes em meus tinos;
Minh’alma, pois, tão forte apaixonada,
Bebeu dos teus orvalhos pequeninos...
Ao sol tão repentino que dourava,
Morreram aquelas nuvens tão singelas,
Do dia incontido, se espalhando...
O seio da minh’alma que te amava,
Fechou seus tristes olhos, suas janelas,
E tudo em minha vida foi findando....
Arão Filho
São Luís-Ma, 15 de Outubro de 2012.