O Pescador
A mão que arremessa a linha no mar
Não sente o desejo arguto da morte
Quem a tem como gêmea pra matar
Não se importa se é fraco; se é forte
O que tráz no arrastar ou o que puxa
Malha fina, devagar vai afinando
Sangra na guelra, e a fina veia murcha
Mata e fere, não importa até quando
Quem pesca sem intervalo precipita
Larga um, fustiga o outro, e a fome
Contínua, chama-a como a maldita
Na ânsia, não se importa com o nome
Esquece o que foi enquanto bendita
Não se lembra da mesa onde ela come
A mão que arremessa a linha no mar
Não sente o desejo arguto da morte
Quem a tem como gêmea pra matar
Não se importa se é fraco; se é forte
O que tráz no arrastar ou o que puxa
Malha fina, devagar vai afinando
Sangra na guelra, e a fina veia murcha
Mata e fere, não importa até quando
Quem pesca sem intervalo precipita
Larga um, fustiga o outro, e a fome
Contínua, chama-a como a maldita
Na ânsia, não se importa com o nome
Esquece o que foi enquanto bendita
Não se lembra da mesa onde ela come