Flor exótica

Flor exótica

Mas que encanto infernal! Que exígua cor! Exótica,

Extático clarão de flama; a flor de pedra

Elétrica e Azul, elíptica, caótica.

Dir-se-ia da flor que em céus turvados medra.

Uns disseram talvez ser um pingente estranho,

De uma marmórea luz, entre o roxo e o cinabre,

De cujas radiações fluem notas de estanho.

- As corolas-canções -, quando a estranha flor se abre...

Certa noite de Abril (era mudo o jardim),

Nas pompas siderais, o mágico festim

Das coisas do Infinito, altivas, invioláveis.

Tantas delicadezas fluem... Tantas, tantas!

Que diante da outra, pasmas, as duas Infantas;

A Minh ‘alma e esta flor: noturnas, intocáveis.

*Versos alexandrinos

Quintiniano
Enviado por Quintiniano em 14/10/2012
Reeditado em 16/10/2012
Código do texto: T3932736
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