MINHAS MÃOS

MINHAS MÃOS

As minhas pobres mãos, sim, envelheceram,

ao frio do tempo que, já, no rigor, maltrata,

no torvelinho errante e bravo, enrijeceram,

em testemunho a meus cabelos cor de prata...

Minhas cansadas mãos jamais esmoreceram

de inspiração fecunda, fluindo em cascata,

e, nem a morte, um dia, minhas mãos temeram

que as privassem de tracejar simples cantata.

E, minha alma se eleva transcendental,

na busca eterna de graça celestial,

apiedando-se do corpo, com certeza...

E, em tal faina, manobra dura e fatal,

encontra abrigo, no plano divinal,

NA BRAVA LUTA EM CONFLITO CO´A NATUREZA.

Olga Maria Dias Ferreira

Membro da ASBL- cad. 27

Landell de Moura

Orguiss
Enviado por Orguiss em 25/02/2007
Código do texto: T393204
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