MINHAS MÃOS
MINHAS MÃOS
As minhas pobres mãos, sim, envelheceram,
ao frio do tempo que, já, no rigor, maltrata,
no torvelinho errante e bravo, enrijeceram,
em testemunho a meus cabelos cor de prata...
Minhas cansadas mãos jamais esmoreceram
de inspiração fecunda, fluindo em cascata,
e, nem a morte, um dia, minhas mãos temeram
que as privassem de tracejar simples cantata.
E, minha alma se eleva transcendental,
na busca eterna de graça celestial,
apiedando-se do corpo, com certeza...
E, em tal faina, manobra dura e fatal,
encontra abrigo, no plano divinal,
NA BRAVA LUTA EM CONFLITO CO´A NATUREZA.
Olga Maria Dias Ferreira
Membro da ASBL- cad. 27
Landell de Moura