Devoção
Para Alzira.



O teu verso é lírico, é teu lema.
Divulga festiva, em motes e salvas,
a rima que te é própria da palma.
— Por luz e sol, tens de grafar poemas.


Se amas com plenitude, terna e calma,
assume a paixão por teu emblema;
estimula a luxúria, se tanto te queima
no seio e no sonho o clamor da alma.


Sangue efervescente, onírico, circula
placentário em ti como a proteína
peregrina que nutre o verso, a rima.


Porque poesia em ti também ovula
devota no teu ciclo, em teu sistema:
— Teu dom: o amor de parir poemas.


Poema extraído do livro "Gênese de Poemas InVersos".


 

Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 14/10/2012
Reeditado em 23/02/2013
Código do texto: T3931776
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