" Queiras que eu a ame, mas não queiras tanto..."
Queiras que eu a ame, mas não queiras tanto.
Pois que o tempo é um relâmpago fugace.
E quando muito amamos, face a face,
Sentimos o amargor do mesmo pranto.
E estes olhos que tens, ora de espanto
Vez outra de tristeza se disfarce...
Eu que tanto os mirei, em vão tentasse...
O que é que eles me escondem, tanto e tanto?
Um misto de candura e de tristeza
Te dá este ar de lôbrega princesa,
Deixando-me confuso assim, sem norte...
Sem saber se te sigo os leves passos,
Ou se te tomo firme pelos braços,
Sem saber se és a Vida, ou se és a Morte...
* versos decassílabos.