TRAÍ, mas ...

Sim, confesso eu que traí,
Mas de pronto expus o fato
Tão logo consumou-se o ato.

Sou credor, pois nada escondi.

Guardo insofismável convicção
De que
sou companheiro leal.
Acidente: sofri um deslize banal,
Caí, mas foi mero escorregão.


A queda não custou fratura,
Nem me arranhou a compostura.
A​ amada eterna, óbvio que sofreu,

Mas conhece minha suprema fraqueza,
Sabe que a culpa é da natureza

E bem sente que sou unicamente seu.
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 12/10/2012
Reeditado em 13/10/2012
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