MEUS QUERERES...

Eu queria ( é verdade) à pureza e à candura
Associar tua imagem que em meu peito habita...
Eu queria (é verdade) à brandura irrestrita
Associar todo teu corpo à deidade pura!

Eu queria (é verdade) à tua alva formosura
Associar à beleza que no céu orbita...
Eu queria (e como eu queria, moça bonita)
Associar teus lábios à face da ternura!

Mas, eu te digo: Meus quereres, ( isto eu sinto)
É verdade ( e se eu disser outra coisa eu minto)
Vão muito além do que se diz, do que se pensa...

Por mais que eu queira devotar-te amor fraterno,
Meu pensamento (de verdade) eu não externo.
Se o fizesse, externaria a mais cruel ofensa!

Cachoeiro(ES) 11.10.2012


FUNDO: SHE (EDUARDO LAGES) http://www.nelsonmedeiros.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=3927751


Cara poetisa, como deixar de publicar interação tão linda num bem elaborado rondel?
“OS TEUS QUERERES

Os teus quereres nunca vão me ofender
Pois eles são a expressão de teu amor
Como não ser feliz por um querer
Que só deseja amar e nunca a dor?...

Nunca será obsceno pretender
Querer alguém e desfrutar o seu calor
Os teus quereres nunca vão me ofender
Pois eles são a expressão de teu amor

Mesmo que eu não possa te oferecer
O mesmo amor que me devotas com ardor
Me lisonjeias com teu tanto bem querer
Quem sabe um dia corresponda a teu amor?

Os teus quereres nunca vão me ofender.... “

Por: Angela Faria de Paula Lima
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 11/10/2012
Reeditado em 03/10/2014
Código do texto: T3927751
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