SONETO DO SILÊNCIO
SONETO DO SILÊNCIO
Trevas. Escuridão... Aos poucos se dissipa,
Tímida, numa brisa suave, com fluidez, na calmaria.
Desfaz densas nuvens em fios de neblina baixa,
No encantamento dos raios de sol, ao nascer o dia.
Mística formosura , nua e pura, se encaixa
Nessa força sepulcral de mistérios infindos,
Em múltiplos adereços de divina fantasia,
Nos sonhos e quimeras, lânguidos sentidos.
E longe dos turbilhões da algazarra plana
Densa, que de gargalhas mil, ruidosa emana,
Nas manifestações febris de múltiplos ruídos,
Da turba ensandecida, que a bagunça enseja,
A essência do divino fulgor da aquiescência,
Esplendoroso silêncio, aos bons e justos almeja.
Urias Sérgio de Freitas