Dor

Visão dolorosa de um espaço vazio
a ilusão da presença, glória morta no outono
não vem, não virá mais, somente o frio
paisagens foscas, folhas secas do abandono.

Extintas rosas, são trapos, vermelhos pedaços
um rumor se levanta, desespero, na deserta noite
o eco da voz, repetindo antigos afagos
no corpo a marca, palavras feito açoite.

Dentro do peito a ferida, a sina, um vão lamento
e o silencio de novo, fria sensação do sentimento
a alma ainda se lembra, de tudo que foi falado.

Do sonho que coube, apenas a solidão de si mesmo
apaga a visão, caminhando sem par, a esmo
gritando a dor, por um amor já condenado.
Chagas Neto
Enviado por Chagas Neto em 11/10/2012
Código do texto: T3927069
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