Sonho

Abro o olho, abro a porta,

Abro a geladeira, abro a panela,

A língua lambe, a faca corta,

O nariz respira, o ar da janela.

Nas calçadas, nas ruas, tem muita agonia,

Os transportes, os transeuntes, sem direção,

Tudo gira numa tremenda euforia,

Com rumo ou sem rumo, meu irmão.

Cada um que nasce, é uma esperança,

Uns iniciam, outros nem tentam,

É cada desgosto que vira vingança,

Ficam nas entrelinhas muitas lembranças,

Atropelam, amontoam, lamentam...

Todos juntos no barco da criação.

tuka bella
Enviado por tuka bella em 10/10/2012
Reeditado em 10/10/2012
Código do texto: T3925603
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