..... POBRE ALMA ......

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Espadas de São Jorge, amarelas,

Florindo seus pendões tão delicados;

Falenas por lá rondam em sentinelas,

E pousam nos botões desabrochados...

Os lírios cor salmão tão encantados

Agitam-se nos vasos das janelas

E dançam uma valsa, compassados,

Ao vento que vem vindo das cancelas...

As flores cujas almas têm perfumes,

Repousam pela noite e, os vagalumes,

Adejam os ares frios das falenas...

Embora a noite tenha o seu negrume,

A lua, flor do céu, lança seu lume,

À minha pobre alma tão serena...

Arão Filho

São Luís-Ma, 09 de Outubro de 2012.