O ADEUS.

Para dizer adeus ao derradeiro amor

eu busco a inspiração e a luz da mocidade.

Um pouco antes, volto à infância, ao tempo em flor

e piso sobre o chão do sonho - a puberdade.

Olho a várzea florida, o catingal da Inveja,

o Barro Branco, o tanque, o sol do Rapador.

Cabra, cabrito, vaca e boi, dura peleja,

uns olhos verde-azuis. O sonho. Meu amor!

O adeus. Simples verdade. Adeus à fantasia.

O amor era uma sombra e o coração não via,

pregado num sorriso efêmero - a ilusão.

Desperto finalmente. E adeus, mentira!

Sai pela porta o sonho e aí se quebra a lira.

Morre a esperança. Morre, inteiro, o coração.

Em 24-07-02.