A MUSA DO SÍTIO
Eu vejo a beleza dentro d’água
Reluz no seu semblante cores bela
A refração da luz na sua anágua
Chama atenção de alguém lá na janela.
Eu vejo no seu corpo arrepios
Vento alvissareiro atrevido
Já levantando pelos, veio o frio,
A cruviana zumbe ao seu ouvido.
Trovão ao cair da tarde no banhado
Logo fecha o tempo corre a musa
Raios medo da neblina, forte chuva.
Fica escura a casa lá no sítio
Lamparinas são acesas clareando
À espera de alguém que está chegando.