O anjo

Enquanto tu dormes eu fico acordado,

Pensando mil coisas pela madrugada;

Onde estará o luminoso anjo alado

Que jurou que a mim nunca faltaria nada?

A sua espera, já quase um mês acordado,

Esperando uma resposta, até agora nada;

Maldito anjo! De luz e brilho disfarçado!

Tanto poder (ou falso poder), pra nada?

Depois de tanto tempo, tanta prece

O anjo, num turbilhão de cores, aparece,

Punindo severamente os olhos meus

Com voz severa, pede que eu não diga nada

Ao abrir os meus olhos, vejo amada,

E o anjo partindo: "tudo no tempo de Deus!"

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 06/10/2012
Código do texto: T3919527
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