"Hetairas da minha memória"
Fulguras de lasciva víscerantes,
no ardor de minha alma fumegante,
sentido o gosto do seu sangue latejante,
no beijo do rasgo delirante!
Seu gosto doce,
na noite um açoite,
no negro da sua pele,
na brancura dos meus dentes!
Almas mundanas de messalinas nuas,
em capôs das carruagens mecânicas,
aos olhos dos noturnos que passam!
Corpos delirantes de prazer capadócio,
por reais ganhos e despojados,
como fossem gozos nos lavabos!