CAIXA D’ÁGUA

Sempre suspensa como um vigia das casas

De sol a sol, de chuva a chuva lá está ela

Sem atenção. Voando mesmo ser ter asas

Armazenando ouro incolor no interior dela.

Daqui de cima eu olho por cima das casas

Pra onde eu olho quase sempre lá está ela

Imóvel, inerte e sem nenhum ruflar de asas

Uma perfeita, dócil e silenciosa sentinela.

Ainda que tarde eu reconheço o seu valor

E te agradeço com carinho e com amor

Por me servir silenciosa e sem ter mágoa,

Como é importante o serviço a que se presta

E pra findar essa homenagem o que me resta

É te saudar, grandiosa e azul, minha caixa d'água.

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 05/10/2012
Reeditado em 07/11/2021
Código do texto: T3917694
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