O engenho da vida

Sacrifiquei-me em engenho a vida,

Contentei-me com o duvidoso,

Vi asperas feridas e tremulo fugi;

Por virtudes que me faltava sofri.

Isento de sentimento e prazer

Esmaltava os meus horrendos pecados,

Mudável contentamento se fez

Próxima ao presente de mulher.

Repousate no seio de eva

Aclamaste essa deusa com reverência

E cedo habitava em seu coração.

Oh! em tal mudança devéras enriquecer

A glória que vem de ti inobrece,

Celebrar tal formosura como prece.

Renato Narciso
Enviado por Renato Narciso em 04/10/2012
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