ILUMINADO

Desalentada, minh'alma vazia
Vagava errante em vereda brumosa
Clamando amparo, bradava chorosa
A solidão lancinante afligia

Oferecendo teu colo, melosa
Trouxeste luz à jornada sombria
Vi da negrura partir a energia
E se afastar a voragem raivosa

Reconfortaste meu corpo pungido
Deste aos meus olhos notável viveza
Do coração arrancaste o flagelo

Pela alegria indizível cingido
Do sentimento decanto a grandeza
Quão imponente é o nosso castelo!