Perdiz
Edir Pina de Barros
Ciscando pelos campos e cerrados
a procurar cupins e gafanhotos,
bicando aqui e ali, por entre os brotos,
vai a perdiz, cantando os seus enfados;
arisca, sempre olhando para os lados
à tudo atenta, aos riscos mil, ignotos,
camuflada em capins já secos, rotos
vai catando os insetos encontrados.
Depois que se acasala vai se embora,
a buscar outro amor, campina afora,
(os ovos são chocados pelo macho).
Quisera, sim, quisera ser perdiz,
que andeja pelos campos, tão feliz,
bebendo as frescas águas do riacho.
Brasília, 3 de Outubro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 67
Edir Pina de Barros
Ciscando pelos campos e cerrados
a procurar cupins e gafanhotos,
bicando aqui e ali, por entre os brotos,
vai a perdiz, cantando os seus enfados;
arisca, sempre olhando para os lados
à tudo atenta, aos riscos mil, ignotos,
camuflada em capins já secos, rotos
vai catando os insetos encontrados.
Depois que se acasala vai se embora,
a buscar outro amor, campina afora,
(os ovos são chocados pelo macho).
Quisera, sim, quisera ser perdiz,
que andeja pelos campos, tão feliz,
bebendo as frescas águas do riacho.
Brasília, 3 de Outubro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 67