Confissão de Um Fraco

O que anda hoje não é nada.

O que fala agora é apenas um material,

É matéria escura, no mundo mortal.

O que escreve agora é o vazio.

É o vazio das forças que atuam

Na mulher que se entrega

Pela fome, pela vida, pela força.

Este ser que pensa, agora é sombra.

É uma sombra corrente (corriqueira)

É uma sombra perseguidora

De um ser (objeto), próprio ser.

Este resto que vos fala em linha e tinta

É uma fina flor murcha

Que mancha o jardim onde brota.

Leonardo da Rocha Bezerra