A rosa da eternidade
Há uma rosa entre nossas sepulturas
Futuras moradas tão longes do agora
Alcovas esperando chegar a vil hora
De tocar as suaves cantigas obscuras
Esta rosa - presente nos dado em vão
Ainda nem brotou dum solo qualquer
Não fez a alegria de uma linda mulher
Tão pouco a tristeza de um coração
Seu passado é longínquo, tão distante
Do grão-pólen nasceu sua obstinante
Vontade de um dia virar bela flor
Mas, o que era para ser apenas a beleza
De um finito cenário da mãe natureza
Será o eterno símbolo de nosso amor