MEU AGRESTE

Eu vejo a tristeza em teu semblante

A fome e solidão aqui no Nordeste

Teu olhar fixo sol alucinante

Tristeza quanta mágoa meu agreste.

Sentada sobre o cepo observa à ponte

Garranchos secos tudo quase morto

Chão rachado, animais morrem aos montes,

A criança come cactos no cocho.

Céu azul vento forte traz poeira

Curso do rio apenas muçambés

Mais uma vez fugir pra capoeira.

Andar noturno à caça de preás

Pra garantir o que ter dia seguinte

Uma prece pra caça encontrar.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 02/10/2012
Reeditado em 17/11/2014
Código do texto: T3912709
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