VALSA
(Para Aglaure)
(Para Aglaure)
" Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim..."
(Mário Quintana)
Decerto o verde fluindo dos teus olhares,
quando te vem a poesia mais sublime,
acende violino — quem toca e define
princesa dos poetas e poetisa dos altares.
Acende a rima, e recompõe, e comprime
singela dor entre os prazeres tão singulares;
acorda os passos da rua, os moços dos bares
— num ensaio de dança, valsa que os domine.
Somos os poetas seduzidos para o teu time:
no bolso, trazemos tinta; na alma, o crime:
anjos crespos, até que um ritmo nos apare.
Até que um verdíssimo olhar nos restaure
o varal profético nos cânticos de Aglaure:
Que não finde a dança, nem a poesia termine.
quando te vem a poesia mais sublime,
acende violino — quem toca e define
princesa dos poetas e poetisa dos altares.
Acende a rima, e recompõe, e comprime
singela dor entre os prazeres tão singulares;
acorda os passos da rua, os moços dos bares
— num ensaio de dança, valsa que os domine.
Somos os poetas seduzidos para o teu time:
no bolso, trazemos tinta; na alma, o crime:
anjos crespos, até que um ritmo nos apare.
Até que um verdíssimo olhar nos restaure
o varal profético nos cânticos de Aglaure:
Que não finde a dança, nem a poesia termine.