No rastro da olência

Com graça nos projéteis do reduto;

Da pérola infinda, preciosa!...

E, no covil da dália perfumosa.

Imperam rosas finas à tributo!

Diante do bem cheiro, absoluto!

Sois portento e lira, sois formosa.

Odoríferas cores tem teu fruto.

Bendita sois ao luto perigosa.

Carne trêmula, vulgo; és vontade.

Tesura infinita, ó, beldade!

Teu sabor alicia-me em versos!

No ardor, com lirismo, tens perfume!...

Oh! Deus!... elucidado vaga lume;

– ... olência pura do universo!...

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 02/10/2012
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