Onirismo de um apaixonado

Vivo entre o real e o delírio,

Não sonho, e é meu martírio.

Se sonhasse, apenas contigo,

Eu mataria um desejo antigo.

Mas não sonhar é meu castigo,

Que abre a alma igual postigo,

Mas sem me dar algum colírio

De viver no escuro, sem círio.

Caminho, diante da vida, fixo

Na ideia desse meu crucifixo,

Pois devo pagar meus pecados,

Dos erros feitos e já passados.

Os desejos não são sonhados

E martírio é em mim prolixo.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 29/09/2012
Código do texto: T3906821
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