Onirismo de um apaixonado
Vivo entre o real e o delírio,
Não sonho, e é meu martírio.
Se sonhasse, apenas contigo,
Eu mataria um desejo antigo.
Mas não sonhar é meu castigo,
Que abre a alma igual postigo,
Mas sem me dar algum colírio
De viver no escuro, sem círio.
Caminho, diante da vida, fixo
Na ideia desse meu crucifixo,
Pois devo pagar meus pecados,
Dos erros feitos e já passados.
Os desejos não são sonhados
E martírio é em mim prolixo.