DESTINO GUAPO

Socando barro com seus pés de campesino,

Ouvindo o sino repicar para o chamado

Ia o coitado pra cumprir ser bom menino

Inda franzino, rumo à escola do povoado.

Geada preta sobre o lavrado da campanha,

Um pão com banha junto à lousa no bornal,

Um dia igual dentre a sua dura façanha

Seguir na manha seu futuro triunfal.

Destino andejo, sina bruta, herança trapa,

Viver de inhapa futurando um tempo incerto

Quando por perto todo horizonte lhe escapa.

Senão o tempo que andante traça a ventura

Tal é o menino pelas sendas do saber

A de colher da semente fruta madura.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 28/09/2012
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