DESTINO GUAPO
Socando barro com seus pés de campesino,
Ouvindo o sino repicar para o chamado
Ia o coitado pra cumprir ser bom menino
Inda franzino, rumo à escola do povoado.
Geada preta sobre o lavrado da campanha,
Um pão com banha junto à lousa no bornal,
Um dia igual dentre a sua dura façanha
Seguir na manha seu futuro triunfal.
Destino andejo, sina bruta, herança trapa,
Viver de inhapa futurando um tempo incerto
Quando por perto todo horizonte lhe escapa.
Senão o tempo que andante traça a ventura
Tal é o menino pelas sendas do saber
A de colher da semente fruta madura.