Assombrados!
 
Invariavelmente a noite trás consigo,
Excluídos; – mortos-vivos, – olhos sem brilho,
Como uma procissão, um bando maltrapilho,
Que vêm à minha porta a pedir abrigo...
 
Não posso negar! (nem tento), eu não consigo!
Como vou mandar seguirem outro trilho?
Dizer que perturbam, servem de empecilho...
Como lhes dizer que não; isso não é comigo?!
 
– perdoe! Ninguém queria perturbar seu sono!
É que, não suportando mais o abandono,
Estamos mendigando sua companhia!...
 
Nós vamos deixar você dormir! Prometo!
Se nos deixar repousar em seu soneto...
Você sonha poeta, e nós, de ser poesia!
 
Del.     27/09/12
 

HDel
Enviado por HDel em 27/09/2012
Reeditado em 29/09/2012
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