A POBRE MÃE....
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Ao ver aquela mãe desesperada;
Nos braços tendo o filho tão doente,
Em prantos pesarosos, contundentes,
Tão pálida e suja e maltratada...
.... Olhei em tanta gente desalmada,
Que tem o coração tão reticente,
E olha, mas parece que não sente,
A dor profunda, alheia, recortada!....
A pobre, pelas ruas d’amargura,
Aquece o seu menino junto ao peito.
Suspira e olha ao céu, angustiada...
A noite em negro véu é tão escura,
E todos se recolhem em seu leito,
Mas, ela adormece na calçada!...
Arão Filho
São Luís-Ma, 25 de Setembro de 2012.