Déjà vu
Às vezes, olho distraído e sinto que te vi,
Sei que, infelizmente, é apenas Déjá vu,
Mas de tão forte que me deixa admirado
De como ainda de ti fico impressionado.
Não é uma sensação assim tão frequente,
Mas como na memória ainda estás quente,
Ficas por isso me fazendo ter lembranças
Das voluptuosas formas e das tuas tranças,
Que tantas vezes eu penteei com os dedos,
Fazendo com tal ato olvidar meus medos,
Que agora vivo remoendo bem por dentro.
Na estranheza sentida eu perco meu centro,
Pois surges em meus olhos, de mim adentro,
E sofro distante pois sei que são só arremedos.