Quixotesco
Sou agora pobre cavalheiro,
Da mais tristíssima figura.
Porque minha vida é tão dura,
Que sequer tenho um paradeiro
Após perder minha dama pura.
A ela me entregava por inteiro,
Pois era preso do seu tabuleiro
E também da sua trança loura.
Em terras de moinhos e dragas,
A dor e o tédio são como pragas,
Cortando como afiadas fragas.
Hoje eu não sou mais íntegro,
E dessa vida não ando allegro,
Vivendo assim me desintegro.