Do anjo negro...

Sou sombra dos teus gestos,

Passados e tão atuais,

Sou da luz o inverso,

Em versos sepulcrais.

Dos teus olhos, a escuridão,

Dessas asas, o não abrir,

Na alma, a solidão,

Do voo, o cair.

Morte em vida lenta,

De um guardar que não alenta,

Por não caber em si.

A porção noite que me adentra,

No coração que apenas lamenta,

Por ti guardar em mim.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 24/09/2012
Código do texto: T3899375
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