Soneto da longanimidade
Que brinquedo do destino sou eu!
Quando tudo parece um deserto inóspito
Avisto a flor, que tal um oásis mata-me a sede
Mas quantos colibris ela conseguirá saciar?
Minha determinação conseguirá escalar o alto muro
Para de cima vislumbrar o caminho através do labirinto?
Desvendar para sempre os segredos de teus olhos
Tornar-me o sol do teu jardim
Permaneço no limbo da paciência
Suprimindo dúvidas
Carregando o peso do amor no coração
Assim como a esperança da lagarta é o voo
Aguardo minhas asas
Para com a flor no bico planar à eterna felicidade