Esvaziado

Nada no peito a não ser uma espécie de nó,

Infelizmente eu vivo em estado digno de dó,

Pois sem seu fluxo cardíaco me jogo ao pó;

Mesmo no meio da turba eu me sinto tão só.

E nessa hora nada é digno de alguma nota,

Minha prostração em tudo é o que se nota,

Um desfile de tristeza, para quem me anota,

Verá a languidez ser meu vestido de janota.

A solidão da lua clara eu vejo já sem medo,

Porque é fato que esse é meu único enredo,

Ao qual eu me pego pensando já bem cedo.

Como meu peito virou deserto de Atacama,

Pois é nele que fica a dor daquele que ama,

Devido às saudades que tenho da tua cama.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 22/09/2012
Reeditado em 22/09/2012
Código do texto: T3895744
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