Boa-noite, ninguém !
Em erro, transgredimos ânsias demais
Venturas pensamos que merecemos
Como naus, partimos do sonho-cais
Teimosos, na busca nos mantemos
Mar de ilusões! Para onde nos levais?
Onde tal prazer pleno que queremos?
Por que crer em utopias tão frugais?
Em que portal entrar a alma que temos?
Que sentir nos impele nesta loucura?
Quem traçou tão tresloucado destino?
A vida, impassível, segue com desdém
Longa viagem, infindável amargura
Lanço-me às ondas, irado desatino
Flutuo, liberto: boa-noite, ninguém!
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N. A. Texto inspirado na música "CAIS", de Milton Nascimento. Zuleika dos Reis possui bela gravação, áudio, aqui mesmo no Recanto.
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ADRIA COMPARINI, com seu inspirado "eu lírico", rebate toda a melancolia e angústia, cantando seus inspirados versos de esperança, otimismo e alegria, deixando longe mares de ilusões:
Boa-noite, meu bem !
Boa-noite, meu bem, meu amado
Boa-noite, meu amor encantado,
Sonhando te encontro ao meu lado...
Em delírios és meu príncipe esperado.
Vamos juntos em direção ao futuro,
Onde a luz preenche todo o escuro...
Deixamos o cais das ilusões para trás,
Pois todo este carinho nos refaz.
Neste encontro idílico, tão bonito,
Nesta atmosfera onde tudo é bendito...
Há um oásis de paz interior.
Para nós não há mais interdito,
Toda a dor é apenas um mito,
Pois nosso destino é o amor!
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