Deveras eu, amar-te, amada!
É por escolher-te sempre, amor distante
que convivo com essa angústia constante, e
trago na face esse triste semblante.
Te amo, te amo, por sempre perder-te.
Amargo nos olhos os óleos, perfumes
que unjo teus doces desejos, segredos.
E em noites sozinho, as que não te vejo,
me fazem amigos, o amor e esperança.
De nada me serve amar por agora
se, bela senhora, não olha-me, amado.
Não traz-me consigo em amores, vitória!
Venceste-me então, outra vez, ó tristeza.
Fizeste de mim teu lampejo permanente.
Assim me arrebatas, assim que te vejo!