Deveras eu, amar-te, amada!

É por escolher-te sempre, amor distante

que convivo com essa angústia constante, e

trago na face esse triste semblante.

Te amo, te amo, por sempre perder-te.

Amargo nos olhos os óleos, perfumes

que unjo teus doces desejos, segredos.

E em noites sozinho, as que não te vejo,

me fazem amigos, o amor e esperança.

De nada me serve amar por agora

se, bela senhora, não olha-me, amado.

Não traz-me consigo em amores, vitória!

Venceste-me então, outra vez, ó tristeza.

Fizeste de mim teu lampejo permanente.

Assim me arrebatas, assim que te vejo!

J Neves
Enviado por J Neves em 22/09/2012
Reeditado em 22/09/2012
Código do texto: T3895347
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