Sonhos alados
Sonhos alados
O gosto salgado d’ma lágrima na boca
Faz-me atuais conceitos rever
A realidade açoita-me como louca
Retalhando a ilusão do meu querer
Os sonhos ficaram alados na brisa rouca
Flocos de esperança que não pude deter
A dor que desliza no papel é pouca
O coração fechou-se para esquecer
Outra vez o engano bateu-me a porta
Para eu aprender por vias tortas
Que vento levou o que trouxe um dia
Grãos de carinho caíram no deserto
Molhados com indiferença por certo
Feneceu envolto numa aragem vadia.
Norma Bárbara