O tempo...As horas!
– Ó Deus, o que eu faço com as horas?...
Que sem muita demora, aguilhoa!...
Com um jeito silente, de outrora!...
— Vós ouvis meu apelo que ecoa?
...e são horas e horas tão infindas...
Perco-me na guarida sem ensejos.
– À vejo adiante, muito linda!...
— Ó minha margarida de desejos!...
A alma dela clama; – Pai, eu sinto!...
– Pai, rogo, por favor, eu te pressinto!...
— Mostre-me o caminho a trilhar?
Vós sois neste meu lume a vitória!...
Há muito eu imploro, da tua glória...
É com ela que eu quero mui amar!...
(Airton Ventania)