A ROSA

Nas pétalas dispostas belamente

A rosa se apresenta qual Princesa

Deixando vir do ventre sua pureza;

Perfumes que se exalam livremente...

Nas folhas, seu vestido, pontiagudas,

A rosa tão magrinha, tão delgada,

Balança-se ao vento, tão valsada,

E deixam as outras flores todas mudas...

Mas, seus espinhos crespos, afiados,

Perfuram as outras flores que, chorosas,

Libertam-se ao vento vespertino...

A rosa cai em prantos derramados,

Sozinha. Com as pétalas lustrosas,

Desfaz-se ao chão, morrendo em desatino...

Aarão Filho

São Luís-Ma, 19/09/2012