O galo cego
Edir Pina de Barros
O galo velho e cego já não canta,
nem cisca alegremente seu terreiro,
há dias que nem sai do galinheiro
e nada mais o alegra, nem o encanta.
sua alegria era, outrora, tanta
cantando ele aprontava tal banzeiro
que derrubava os outros do poleiro,
fazendo estripulia, o sacripanta.
Ciscava aqui, ali, ciscava tudo,
batia as fortes asas, com alegria,
e agora está tristonho, está tão mudo.
Sem ver a luz do sol, seu triste fado,
(nem sabe quando é noite, quando é dia)
tornou-se assim tristonho e tão calado.
Edir Pina de Barros
O galo velho e cego já não canta,
nem cisca alegremente seu terreiro,
há dias que nem sai do galinheiro
e nada mais o alegra, nem o encanta.
sua alegria era, outrora, tanta
cantando ele aprontava tal banzeiro
que derrubava os outros do poleiro,
fazendo estripulia, o sacripanta.
Ciscava aqui, ali, ciscava tudo,
batia as fortes asas, com alegria,
e agora está tristonho, está tão mudo.
Sem ver a luz do sol, seu triste fado,
(nem sabe quando é noite, quando é dia)
tornou-se assim tristonho e tão calado.