Tempo, tempo!

Pergunto a ilusão: O que que eu faço

Se os planos fazem dos sonhos pouco caso?

O tempo cobra caro em curto prazo;

Um caso sério eu ocupar meu espaço

Neste cenário entre tapa e abraço.

Levo ao compasso do tempo, do fuso

Lembrando quando em mim reinava abuso,

Hoje a cabeça é melhor que perna e braço.

Corrente vou trocando pelo laço

Vou evitando a correria, moldei o passo

Sem dizer jamais que fui um louco.

Procuro o que restou da plenitude

Para driblar o tempo que não ilude

E destrói o meu espelho pouco a pouco.

Josérobertodecastropalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 18/09/2012
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