Tempo, tempo!
Pergunto a ilusão: O que que eu faço
Se os planos fazem dos sonhos pouco caso?
O tempo cobra caro em curto prazo;
Um caso sério eu ocupar meu espaço
Neste cenário entre tapa e abraço.
Levo ao compasso do tempo, do fuso
Lembrando quando em mim reinava abuso,
Hoje a cabeça é melhor que perna e braço.
Corrente vou trocando pelo laço
Vou evitando a correria, moldei o passo
Sem dizer jamais que fui um louco.
Procuro o que restou da plenitude
Para driblar o tempo que não ilude
E destrói o meu espelho pouco a pouco.
Josérobertodecastropalácio