Isabella

Cedo, bem cedo, fugidio, entre as colinas verdejantes,

Corri da cela com grilhões nos pés, e de mosquetes,

Estava lascivo, ainda entre nossos abraços vibrantes,

Meu coração um vate de amor, da paixão um verbete!

Recebi um presente, tua vocação de amor eterno,

Disseste: Eu te amo, te amo! Enquanto cansado,

Nos meus ouvidos a glória, o êxtase terno, tão terno,

Da paixão soletrada e correspondida em predicado.

Sabes meu amor, não escondo, de ti, só de ti, serei

Amante além do que posso, apesar da constante fuga,

Sei que sou corsário, sujo e suado, mas sempre te amarei,

Em suas singulares nuances de Senhorita de Málaga,

Filha do Governador de província executor de piratas,

Sois bela, querida, alva e meiga e sempre Isabella!

ROGERIO WANDERLEY GUASTI
Enviado por ROGERIO WANDERLEY GUASTI em 16/09/2012
Reeditado em 16/09/2012
Código do texto: T3885113
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