Isabella
Cedo, bem cedo, fugidio, entre as colinas verdejantes,
Corri da cela com grilhões nos pés, e de mosquetes,
Estava lascivo, ainda entre nossos abraços vibrantes,
Meu coração um vate de amor, da paixão um verbete!
Recebi um presente, tua vocação de amor eterno,
Disseste: Eu te amo, te amo! Enquanto cansado,
Nos meus ouvidos a glória, o êxtase terno, tão terno,
Da paixão soletrada e correspondida em predicado.
Sabes meu amor, não escondo, de ti, só de ti, serei
Amante além do que posso, apesar da constante fuga,
Sei que sou corsário, sujo e suado, mas sempre te amarei,
Em suas singulares nuances de Senhorita de Málaga,
Filha do Governador de província executor de piratas,
Sois bela, querida, alva e meiga e sempre Isabella!