Amor rasgado
Sem demorar rasgue perante mim,
Estes teus versos que um dia dissestes.
Jogue-os no fogo para que o seu fim
Seja igual ao amor que não quisestes;
Todo o mal - o tão pouco que fizestes,
Deste amor - que triste termina assim,
Hoje ainda que chorando tu viestes,
Só as cinzas dele tu verás, enfim;
E faça sol, ou frio, ou mesmo chova,
Não volto mais a ti, por mais que insista,
Nada existe que disto me remova;
E das cinzas que dele resta agora
Se tu quiseres, peço que assista,
Que junto ao pó - o vento leve embora.
Sem demorar rasgue perante mim,
Estes teus versos que um dia dissestes.
Jogue-os no fogo para que o seu fim
Seja igual ao amor que não quisestes;
Todo o mal - o tão pouco que fizestes,
Deste amor - que triste termina assim,
Hoje ainda que chorando tu viestes,
Só as cinzas dele tu verás, enfim;
E faça sol, ou frio, ou mesmo chova,
Não volto mais a ti, por mais que insista,
Nada existe que disto me remova;
E das cinzas que dele resta agora
Se tu quiseres, peço que assista,
Que junto ao pó - o vento leve embora.