Bordando nosso enxoval com filigranas...
Em primaveras, tão singelas - douradas
Incrustando nossos nomes em monogramas
Destarte no altar sob juras serão seladas.

Diante de Deus ao consagrar o nosso casamento...
O tempo passou, mornamente,  sem encantamento;
Tansformando-o num castelo de cartas, amarelado...
Vendo vidas ruírem naquele enxoval guardado.


Lembro-me bem que um dia fomos muito felizes...
Hoje em total abandono ao guardar, sem usá-lo,
Agora, só servirá p'ra fazer nossas mortalhas!

Que recobrirão o nosso enlace desfeito nas dores...
Sob infortúnios, quando, não soubemos mantê-lo,

Quiçá, guardará nossas lembranças grisalhas!





 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 14/09/2012
Reeditado em 05/10/2013
Código do texto: T3882078
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.