Bordando nosso enxoval com filigranas...
Em primaveras, tão singelas - douradas
Incrustando nossos nomes em monogramas
Destarte no altar sob juras serão seladas.
Diante de Deus ao consagrar o nosso casamento...
O tempo passou, mornamente, sem encantamento;
Tansformando-o num castelo de cartas, amarelado...
Vendo vidas ruírem naquele enxoval guardado.
Lembro-me bem que um dia fomos muito felizes...
Hoje em total abandono ao guardar, sem usá-lo,
Agora, só servirá p'ra fazer nossas mortalhas!
Que recobrirão o nosso enlace desfeito nas dores...
Sob infortúnios, quando, não soubemos mantê-lo,
Quiçá, guardará nossas lembranças grisalhas!