Se me queres... me deixa!
Não me chames assim, com a doçura.
Não me fales de perto em fingimento,
Pois a vida não passa de um momento
Onde o sol pela tarde é sombra escura...
Não me fites chorando em vã tortura,
Pois a base de troca é teu lamento,
Pedes felicidade, e ao sofrimento...
Acusando-me a falta de ternura.
Para mim o destino não existe;
Se não vivo da forma que pediste,
É porque tens de mim somente o agora...
Mas me pedes além... então sentindo
Que o momento do adeus me está sorrindo:
Sem pensar duas vezes... vou-me embora.