Não acredito mais no amor...
Voejante c'mo pomba ligeira
No paço mirífico da dor...
Penitente por ser cerzideira!
Não acredito mais no amor...
Ao fazer promessa estradeira
Na metáfora que s'esgueira...
Tatuada nas asas do Condor!
Não acredito mais no amor...
Ao gravar tristura e rancor
Na pedra irrustida do tirocínio!
Não acredito mais no amor...
Ao quedar sozinho no palor
D'estátua ferida sob lenocínio!