SEM DESCULPAS
Ó que tamanha e tão triste foi a vida,
Esta qual passei por tantos horrores;
Minha porta aberta em loucura da ida,
Neste vil caminhar dos pecadores...!
A ela negaram-me a sorte da escolha...,
Naveguei por rumos desconhecidos,
Como ao vento se revolve uma folha;
E foi só a mim os males atingidos...
Não fique a brincar de vida - Ó esperança!
Ao enfiar-me tão cruel preconceito,
Sem me dizer a estúpida cobrança...,
...Que o mal preparou-me ao ser eu seu eleito;
Deixar-me esta sina como herança...,
Injustiça em dor... Fel dentro do peito!