SEM DESCULPAS

Ó que tamanha e tão triste foi a vida,

Esta qual passei por tantos horrores;

Minha porta aberta em loucura da ida,

Neste vil caminhar dos pecadores...!

A ela negaram-me a sorte da escolha...,

Naveguei por rumos desconhecidos,

Como ao vento se revolve uma folha;

E foi só a mim os males atingidos...

Não fique a brincar de vida - Ó esperança!

Ao enfiar-me tão cruel preconceito,

Sem me dizer a estúpida cobrança...,

...Que o mal preparou-me ao ser eu seu eleito;

Deixar-me esta sina como herança...,

Injustiça em dor... Fel dentro do peito!

Setedados
Enviado por Setedados em 13/09/2012
Reeditado em 13/09/2012
Código do texto: T3879338
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