COMO CHUVA DE VERÃO. soneto-202.

Vidraças fechadas goteiras a pingar,

E as folhas caindo frente à ventania,

As ruas desertas ninguém a caminhar,

Todos resguardados dessa chuva fria.

Ao longe negro vulto posto a caminhar,

Vagarosamente vem se aproximando,

Em meio à tormenta pude contemplar,

A lívida face de jovem mulher chorando.

Atordoado e meio assim sem entender,

Naquele pálido rosto pude reconhecer,

A face jovem que tocou-me o coração.

Mesmo confuso dei-lhe abrigo e calor,

Foi-se depois que a fria chuva cessou,

Tão transitória como a chuva de verão.

Cosme B Araujo.

11/09/2012

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 11/09/2012
Código do texto: T3876432
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.