Espessos e Altos Salgueiros
Entre os espessos e altos salgueiros,
Corre o rio frio de claras águas,
As contemplo e afogo mágoas,
De injustiças dos anos primeiros!
Estrada ladeada de ulmeiros,
Que o viajante apaziguas,
São sombras amigas as tuas,
De belos arvoredos altaneiros!
No rio desaguam os ribeiros,
Ainda de águas exíguas,
Descem acolá daqueles outeiros,
As gotas de água contíguas,
Deixam nas orlas baixos areeiros,
Areal de diminutas línguas!