Catarse
Envolvido avassaladoramente pelos mais suaves extintos
Intuições espirais que me transmutam em qualquer luz
Ainda que densa, mais suave e branca que meus labirintos
Internos conflitos que afastam-me do que meu íntimo produz
Agora posso ver e sentir a paz dessas alvas nuvens
Sem o barro e o sangue das batalhas carnais
É como entregar-se à mais delicada das vertigens
Penetrando os mais indecifráveis canais
Tua face límpida, brilhante, pálida
Na introspecção clárida aguçando-lhe os sentidos
Por teus segredos mais antigos
Cem eras sem eras...
Um tempo infinito, um segundo bonito
Ou apenas o sentir adormecido, despertando-nos as quimeras!